quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Outono

domingo, 26 de setembro de 2010

Fim de tarde

         An autumn mosquito
determined to die
         bites me


Shiki

sábado, 25 de setembro de 2010

Outono



 


Sábado de manhã

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

 Deixo-vos aqui uma ideias para treinarem no fim de semana, dando descanso ás cabecinhas:



Pela parte que me toca, é mesmo assim. Uma análise simples, serena e sensata de Vítor Quelhas nesta revista:


Que tem, naturalmente, um blogue. 

Think before you post

Um aviso que me mandou a Mónica Mendes da Silva

Ver Aqui

Cientistas ao Palco


(Também há em Lisboa, mas eu cá gostava de ir era no Porto...)

E de dia podemos ir ver



Sair à noite

E passear pela Rua de S. Bento. Ontem passei por lá e estavam a por tudo num brinquinho:

Indo para estes lados da EXPO, também podemos seguir a sugestão da Alexandra Courela:




Conservar a Lontra


Um verdadeiro desígnio dada a simpatia do bicharoco.
Uma iniciativa do Oceanário.

Por falar em vida e morte, uma natureza morta de um dos meus fotógrafos preferidos, André Kertész:


Está nesta exposição: Getty

A ENCICLOPÉDIA

Continua a chegar:



Desta vez, uma coisa simples:

Os livros da minha biblioteca também não acabam. Olhem este:



Pelo seu lado os livro da nossa biblioteca sabem bem o seu lugar e nunca acabam:









Vi num artigo de uma revista a referência aos 20 anos de um filme de que gosto muito:


Aqui fica uma cena, que nos mostra como se deve viver downstairs: sem ver nem ouvir, apenas concentração na sua função.

Educação pela Ilha


Depois da Educação pela Pedra da semana passada, o Pedro Fontes falou-me na Educação pela Ilha que eu desconhecia e que é lindíssima:

Deixarei os jardins a brilhar com seus olhos
detidos: hei-de partir quando as flores chegarem
à sua imagem. Este verão concentrado
em cada espelho. O próprio
movimento o entenebrece. Mas chamejam os lábios
dos animais. Deixarei as constelações panorâmicas destes dias
internos.


Vou morrer assim, arfando
entre o mar fotográfico
e côncavo
e as paredes com as pérolas afundadas. E a lua desencadeia nas grutas
o sangue que se agrava.


Está cheio de candeias, o verão de onde se parte,
ígneo nessa criança
contemplada. Eu abandono estes jardins
ferozes, o génio
que soprou nos estúdios cavados. É a cólera que me leva
aos precipícios de agosto, e a mansidão
traz-me às janelas. São únicas as colinas como o ar
palpitante fechado num espelho. É a estação dos planetas.
ada dia é um abismo atómico.


E o leite faz-se tenro durante
os eclipses. Bate em mim cada pancada do pedreiro
que talha no calcário a rosa congenital.
A carne, asfixiam-na os astros profundos nos casulos.
O verão é de azulejo.
É em nós que se encurva o nervo do arco
contra a flecha. Deus ataca-me
na candura. Fica, fria,
esta rede de jardins diante dos incêndios. E uma criança
dá a volta à noite, acesa completamente
pelas mãos.

Herberto Helder

A fotografia da ilha, tirei-a daqui:

quinta-feira, 23 de setembro de 2010


Entra-se aqui e pode nunca mais se sair.

Schumann por Horowitz



São herança camponesa, as mãos.
Estas pequenas mãos, de geração
em geração, vêm de muito longe:
amassaram a cal, abriram sulcos
frementes na terra negra, semearam
e colheram, ordenharam cabras,
pegaram em forquilhas para limpar
currais:de sol a sol nenhum
trabalho lhes foi alheio.
Agora são assim:
frágeis , delicadas,
nascidas para dar corpo a sons
que, noutras épocas, outras mãos
se obstinaram em escrever como
se escrevessem a própria vida.
Ao vê-las, ninguém diria que
a terra corria no seu sangue.
São mãos envelhecidas, mas no teclado
são capazes do inacreditável: juntar
nos mesmos compassos o rumor
dos bosques em setembro e os risos
infantis a caminho do mar.

Eugénio de Andrade

Manhã

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Sonhos

Ceci est le couleur de mes rêves
Miró

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Espera

Andrew Wyeth, Gerânios



Carta de Marina Tsvetaieva para Boris Pasternak

domingo, 19 de setembro de 2010

Domingo de Manhã


Uma História Vulgar, Anton Chekov

Em boa companhia


Encontrada aqui:

Problemas que afectam os Advogados:


A resposta aqui: Financial Times

Este não temos, mas gostávamos de ter. Está aqui: Alma Mater

Livros da nossa biblioteca




Uma Biblioteca eclética, como se vê. Resultado de várias bibliotecas.

Um poeta


E o seu poema:

Uma educação pela pedra: por lições;
para aprender da pedra, frequentá-la;
captar sua voz inenfática, impessoal
(pela de dicção ela começa as aulas).
A lição de moral, sua resistência fria
ao que flui e a fluir, a ser maleada;
a de poética, sua carnadura concreta;
a de economia, seu adensar-se compacta;
lições da pedra (de fora para dentro,
cartilha muda), para quem soletrá-la.


Outra educação pela pedra: no Sertão
(de dentro para fora, e pré-didática).
No Sertão a pedra não sabe lecionar,
e se lecionasse, não ensinaria nada;
lá não se aprende a pedra; lá a pedra,
uma pedra de nascença, entranha a alma.

Vintage



Somerset Maugham fez a minhas delícias durante muito tempo e, de certo modo, continua a fazer porque lembro sempre com prazer as muitas horas de leitura que lhe dediquei. É também por isso que se pode dizer que os bons livros são para sempre, mesmo quando depois os nossos gostos mudam ou conhecemos outros livros ou escritores que achamos muito melhores, aqueles que nos marcaram não perdem o seu lugar.
E esta colecção é uma tentação.

sábado, 18 de setembro de 2010


Retirado daqui: A Origem da Comédia

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Ao fim do dia. Para casa.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Stand still, and I will read to thee
A lecture, Love, in Love's philosophy.
These three hours that we have spent,
Walking here, two shadows went
Along with us, which we ourselves produced.
But, now the sun is just above our head,
We do those shadows tread,
And to brave clearness all things are reduced.
So whilst our infant loves did grow,
Disguises did, and shadows, flow
From us and our cares; but now 'tis not so.
That love hath not attain'd the highest degree,
Which is still diligent lest others see.

Except our loves at this noon stay,
We shall new shadows make the other way.
As the first were made to blind
Others, these which come behind
Will work upon ourselves, and blind our eyes.
If our loves faint, and westerwardly decline,
To me thou, falsely, thine
And I to thee mine actions shall disguise.
The morning shadows wear away,
But these grow longer all the day ;
But O ! love's day is short, if love decay.

Jonh Donne

quarta-feira, 15 de setembro de 2010




Violoncelo

Um som que está necessariamente na cabeça de todos nós, o dos antigos, aqui  registado.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Luz desta manhã

segunda-feira, 13 de setembro de 2010


Bronzino, detalhe do retrato de Laura Battiferri