segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Aprendendo


Jan de Beer (1450-1536), Aristotle and Phyllis, desenho.



Voltaram as violetas

Contigo

Eugénio de Andrade

Manhã


Estudos para almofadas, Dürer

Ave Maria


Em noite de Óscares

ex libris


Descobri isto, noutro blogue do Gonçalo Pena. Vale a pena ver.

Gonçalo Pena, aqui.

Helena Almeida, na capa, viram?

Sobre o livro aqui.
Passemos rapidamente para coisas mais leves, também gostava de ter este:

E … por falar em formidáveis ecos do horroroso terramoto, vejam lá o que desencantei no meio dos livros lá de casa:



Primitivos Portugueses

Se não viram, podem ver um bocadinho aqui.

Uma casa


Cheia de tesouros:




... e de vozes e de ecos:




Que se podem "ouvir" aqui, é só lá ir.

Xadrez


“In his play, Fischer was amazingly objective, long before computers stripped away so many of the dogmas and assumptions humans have used to navigate the game for centuries. Positions that had been long considered inferior were revitalized by Fischer’s ability to look at everything afresh. His concrete methods challenged basic precepts, such as the one that the stronger side should keep attacking the forces on the board. Fischer showed that simplification—the reduction of forces through exchanges—was often the strongest path as long as activity was maintained.”

E quem escreve isto sabe muito bem o que está a dizer: NYRB

Ainda Musset

Descobri que Musset morreu de uma rara doença de coração hoje conhecida como Síndroma de Musset. O que é bonito, para um romântico. E o que, continuando na senda da tristeza e morbidez, me lembra também que já vi a sua tumba, mas poupo-vos aos pormenores.

Deixo apenas mais esta informação: Musset era um jogador (parece que não muito bom) de xadrez:


Tristesse

J’ai perdu ma force et ma vie,
Et mes amis et ma gaîté;
J’ai perdu jusqu’à la fierté
Qui faisat croire à mon génie.

Quan j’ai connu la Vérité,
J’ai cru que c’était une amie;
quand je l’ai comprise et sentie,
J’en étais féjà dégoûté.

Et pourtant elle est éternelle,
Et ceux qui se sont passés d’elle
Ici-bas ont tout ignoré.

Dieu parle, il faut qu’on lui réponde.
Le seul bien qui me reste au monde
Est d’avoir quelquefois pleuré.

Alfred de Musset
Na biografia de Sophie Tolstoi, o autor deixa esta pequena frase:


Musset, que apostei que só os muito velhos conhecem, vejam lá não me façam perder a aposta, era este rapaz triste:






A minha amiga, de novo

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Fim de dia







Michel Giacometti


Inteirinho ali na estante. A compra do dia.

Metamorfoses da casa

Ergue-se aérea pedra a pedra
a casa que só tenho no poema.

A casa dorme, sonha no vento
a delícia súbita de ser mastro.

Como estremece um torso delicado,
assim a casa, assim um barco.

Uma gaivota passa e outra e outra,
a casa não resiste: também voa.

Ah, um dia a casa será bosque,
à sua sombra encontrarei a fonte
onde um rumor de água é só silêncio.

Eugénio de Andrade

sábado, 26 de fevereiro de 2011


Michael Borremans

The fascination of what’s difficult

The fascination of what’s difficult
Has dried the sap out of my veins, and rent
Spontaneous joy and natural content
Out of my heart. There’s something ails our colt
That must, as if it had not holy blood,
Nor on an Olympus leaped from cloud to cloud,
Shiver under the lash, strain, sweat and jolt
As though it dragged road metal. My curse on plays
That have to be set up in fifty ways,
On the day’s war with every knave and dolt,
Theatre business, management of men.
I swear before the dawn comes round again
I’ll find the stable and pull out the bolt.

W. B. Yeats

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Dürer, Study of  drapery

Laberinto

No habrá nunca una puerta. Estás adentro
Y el alcázar abarca el universo
Y no tiene ni anverso ni reverso
Ni externo muro ni secreto centro.
No esperes que el rigor de tu camino
Que tercamente se bifurca en otro,
Que tercamente se bifurca en otro,
Tendrá fin. Es de hierro tu destino
Como tu juez. No aguardes la embestida
Del toro que es un hombre y cuya extraña
Forma plural da horror a la maraña
De interminable piedra entretejida.
No existe. Nada esperes. Ni siquiera
En el negro crepúsculo la fiera.

Jorge Luis Borges

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Noite

The Shadow

Soft as the bed in the earth
Where a stone has lain—
So soft, so smooth and so cool,
Spring closes me in
With her arms and her hands.

Rich as the smell
Of new earth on a stone,
That has lain, breathing
The damp through its pores—
Spring closes me in
With her blossomy hair;
Brings dark to my eyes.

William Carlos Williams

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Kandisky und Erma Bossi am tisch, Gabriele Munter

Estalactite

Localizar
na frágil espessura
do tempo,
que a linguagem
pôs
em vibração
o ponto morto
onde a velocidade
se fractura
e aí
determinar
com exactidão
o foco
do silêncio.


Algures
o poema sonha
o arquétipo
do voo
inutilmente
porque repete
apenas
o signo, o desenho
do Outono
aéreo
onde se perde a asa
quando vier
o instante
de voar


Caem
do céu calcário,
acordam flores
milénios depois,
rolam de verso
em verso
fechadas
como gotas,
e ouve-se
ao fim da página
um murmúrio
orvalhado.

Carlos de Oliveira, que ontem acompanhou Eduardo Lourenço à televisão.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Uma natureza morta, encontrada aqui.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Manhã


Breakfast of the Birds, Gabriele Munter

Noite

Gabriele Munter, Slaapkamer in Murnau

sábado, 19 de fevereiro de 2011


Saí para comprar jornais e revistas e apanhei flores.

Teatro

Um pouco mais de azul:

Orlando Ribeiro




Eduardo Lourenço





A Mandolira



Já se imaginaram a dizer a alguém: "Eu toco Mandolira"? Para não serem apanhados em falso, aqui fica uma explicação sobre a dita coisa: Guitar Heroes
 
Pois bem, segundo me informam, não só cada vez há mais gente a ler Júlio Verne como há um blogue em língua Portuguesa que lhe é integralmente dedicado e onde podemos encontrar diversos links, incluindo um para o Facebook, território onde o próprio, por certo, nunca imaginou estar…
Tudo a correr para as Livrarias Assírio e Alvim, já!



Com sorte encontram este meu primo, o famoso Gato Maltez:


 
Tudo a correr para o Porto, já!


Primavera


Sob a forma de coruja bébe, no Jardim Botânico
A Joana Abreu mandou-me esta lista escrita por Sid Vicious sobre Nancy Spungen. A rapariga era de facto “so great”…:





Sol do Verão passado

Vindo do frio, o sol do Verão passado chegou ontem cá a casa e iluminou o pequeno almoço chuvoso de hoje. Um doce de frutos silvestres. 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Gérard Castello-Lopes, 1963

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Tristezas não pagam dívidas

Manhã

Morning among the Coniston Fells, Turner

Como se fosse silêncio

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011


Daqui:

Mais um resultado de uma ida à Poesia Incompleta.


p.s. Para ler o poema completo, ir aqui: Bartleby. Se bem que, eu cá, gosto mesmo é de ter o livro em casa. E de ir à livraria comprá-lo.