sábado, 17 de julho de 2010

Poema do burguês na praia

Há mãos de mãe sobre a seara
que às três da tarde ondula no seu gesto
Já tudo tem um rosto
e o amor de que ele gasta resto

O mar faz-lhe lembrar um cego horizontal
de olhar embaciado

Veio de lisboa para o seu passado
está de acordo com tudo

Ruy Belo

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