Toda a manhã procurei uma sílaba.
É pouca coisa,é certo:uma vogal,
uma consoante,quase nada.
Mas faz-me falta.Só eu sei
a falta que me faz.
Por isso a procurava com obstinação.
Só ela me podia defender
do frio de janeiro,
da estiagem do verão. Uma sílaba.
Uma única sílaba.
A salvação
Eugénio de Andrade
domingo, 26 de dezembro de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário