Na Antena 2, hoje, recordam a morte de Mário de Sá-Carneiro e eu re-recordei-me de alguém que já morreu e que gostava de dizer, e dizia com muita graça e verdadeira convicção, este seu poema:
Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!
Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.
Fica a lembrança, e a esperança de também ir de burro.
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