Quando era pequenina e a minha avó queria que eu ficasse sossegada, muito quiteinha, prendia-me a uma figueira, com uma linha de costura branca. Achava graça que a minha avó me prendesse assim. Agradava-me aquela prisão quase metafórica. E essa linha, que era de autoridade mas também de cumplicidade, uniu-nos a vida toda.
Lembrança a propósito de um prato de figos, os primeiros do ano.
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